Meu roteiro em San Francisco ficou bastante extenso no terceiro dia. Por isso, esse post foi dividido em dois. Confira a primeira parte aqui.
Depois de almoçar no Ferry Building, peguei um metrô até o Mission District, famoso bairro latino de San Francisco. Fui para lá para conhecer a Mission San Francisco (conhecida como Mission Dolores), a mais antiga construção da cidade. Ela foi fundada em 1776 pelos missionários franciscanos que acompanhavam os primeiros colonizadores espanhóis. A igreja permaneceu em pé mesmo após o grande terremoto de 1906, que destruiu grande parte de San Francisco.
Castro – o bairro gay da cidade
Fazer um roteiro em San Francisco a pé, mesmo em curtas distâncias, é bem cansativo. Por isso, optei por ir de ônibus até o Castro, um dos maiores e mais famosos bairros LBGT do mundo.
Com a corrida do Ouro em 1849, muitos homens solteiros foram para San Francisco. Na Segunda Guerra mundial, e com a instalação de uma base marinha na cidade, este número de homens na região dobrou. Mesmo reprimido, Castro se popularizou como bairro gay ainda nas décadas de 60 e 70.
Aos poucos foi surgindo os primeiros ativistas e os primeiros bares gays da região. Mas com o assassinato de Harvey Milk (primeiro gay a ser eleito a um cargo público na Califórnia), em 1978, a causa LGBT ganha ainda mais moradores. Nesse sentido, alguns anos depois o bairro Castro sendo declarado o primeiro bairro gay do mundo*.
Eu achei um bairro lindo, muito colorido, com bandeiras do arco-íris para todo lado, inclusive nas faixas de pedestres. No bairro está localizado o Castro Theatre, construído em 1922. Ele é um cinema que atualmente exibe filmes com a temática LGBT. Sua fachada é em estilo barroco colonial espanhol.
Roteiro em San Francisco: Painted Ladies
De lá, peguei outro ônibus, desta vez em direção à Alamo Square, onde está localizada as casas mais famosas de San Francisco, as Painteds Ladies.
A Alamo Square é uma praça grande no alto de uma ladeira, e rodeada por casinhas bem parecidas. Como eu já estava cansada, cheguei em um ponto e avistei umas casinhas coloridas, pensando ser as Painteds Ladies, abri minha batatinha e fiquei ali admirando e comendo rs.
Contudo, quando cheguei no hostel e comparei minhas fotos com fotos da internet, percebi que tinha fotografado as casinhas erradas kkkkk. E isso é um dos lados bons de viajar sozinha, não se preocupar tanto em ir somente em pontos turísticos, mas em viver a experiência.
Haight-Ashbury – o bairro hippie de San Francisco
Depois de alguns minutinhos descansando, fui para o Haight-Ashbury (de ônibus, claro), distrito localizado em torno da esquina das ruas Haight e Ashbury, grande propulsor do movimento hippie na década de 60.
Nesta época, muitos jovens passaram a ir contra ideais pregados pela sociedade, defendendo o amor livre a não violência. Este movimento de contracultura ganhou força no distrito, principalmente por ele abrigar pessoas que não tinha condições econômicas de morar nos bairros mais nobres da cidade.
Além disso, moravam ali artistas ligados à este movimento que moravam no local (Jimi Hendrix) ou próximo dali (como Janis Joplin e Grateful Dead) e por ele ter aparecido em uma reportagem da revista Time sobre a filosofia Hippie, fazendo com que mais jovens migrassem para a região.
O Haight, como é popularmente conhecido, ainda preserva essa atmosfera hippie. É muito comum ver hippies pela rua, vans, fachadas de lojas fazendo alusão ao movimento de “Paz e Amor”.
Durante meu passeio pela Haight Street, entrei por muitos brechós gigantescos, antiquários, e na Amoeba Music, uma loja gigante de discos. No final da rua, quase chegando no Golden Gate Park, peguei um ônibus para ir para o meu Hostel, mas acabei descendo no Civic Center, praça onde estão instalados os prédios governamentais da cidade.
*Com informações do Ideias na Mala
Assista ao vlog desse dia aqui e confira como são os brechós da Haight
Muito lindo esse lugar, é um grande sonho conhecer! Parabéns pelo post.
Blog Dreams Blue
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Oii Jéssica, é muito mesmo. Planeje e realize este sonho também 🙂
Obrigada