Nesta última viagem ao Rio de Janeiro preferia explorar mais o Centro e bairros que eu não conhecia. E, apesar de ter sido minha terceira vez lá, tudo que fiz, com exceção à Praia de Ipanema, foi pela primeira vez. Isso só deixa claro que, diferente do que muitos pensam, o Rio não se resume só a praia e tem programas para todos os tipos de gostos. Neste post listo cinco programas gratuitos (e dois bônus) para você fazer quando estiver na cidade.
Visitar o CCBB
Um dos passeios gratuitos no Rio de Janeiro é visitar o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB). O museu funciona em um prédio, no Centro, projetado por Francisco Joaquim Bethencourt da Silva, arquiteto da Casa Imperial, e lançado em 1880. O que mais chama atenção no CCBB é as linhas neoclássicas e a cúpula central.
Visitei o museu no dia 28/09 e conferi a exposição Raiz do WeiWei e a experiência Museum of Me. Se você vai para o Rio e pretende visitar o CCBB, sugiro que entre no site para conferir as exposições e eventos programados. Se liga: o museu funciona de quarta a segunda, das 9h às 21 horas.
Endereço: Rua Primeiro de Março, 66 – Centro, Rio de Janeiro.
Se encantar com o Parque Lage e ter uma outra vista do Cristo
Esse foi uma das primeiras coisas que coloquei no meu roteiro da viagem Rio de Janeiro. Sempre via fotos do Parque Lage na internet e ficava encantada. Apesar de já ter ido ao Rio anteriormente, eu nunca tinha conseguido ir ao Parque. Até hoje eu nunca fui no Jardim Botânico, vocês acreditam?
O Parque Henrique Lage é um parque público do Rio, localizado aos pés do Corcovado (onde fica o Cristo), tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1957. Até a segunda metade do século 16, o local era um engenho de açúcar, o Engenho Del Rey, pertencente à Antônio Salema, então Governador do Rio.
O local abriga, desde 1966, o Instituto de Belas Artes, que deu origem, em 1974, à Escola de Artes Visuais.
No dia que eu visitei o parque, 29/09, o céu estava bem nublado e o Cristo Redentor encoberto, mas ainda assim a paisagem do “palácio” em meio a mata e com uma grande pedra atrás (o Corcovado) é magnífica. Vale muito a pena fazer esse passeio gratuito no Rio de Janeiro.
Endereço: Rua Jardim Botânico, 414 – Jardim Botânico, Rio de Janeiro
Museu Chácara do Céu
Eu visitei o Museu Chácara do Céu durante o passeio no Bondinho de Santa Teresa e foi uma surpresa. Apesar de já ter ouvido falar no museu, minha intenção era visitar o Parque das Ruínas, que fica ao lado. Mas por conta da chuva, deixei de fazer o passeio no Bondinho no sábado e fiz na segunda, dia que o Parque das Ruínas não abre rs.
O Chácara do Céu, conhecido por esse nome desde 1876, era a antiga residência de Castro Maya e foi deixada por ele para ser um museu para os cariocas. O Museu, tombado em 1974 pelo IPHAN, exibe coleções de artes de diversos períodos (várias obras de Portinari, de quem Castro Maya era amigo pessoal), livros raros, mobílias e objetos antigos.
Para chegar ao Museu Chácara do Céu pelo passeio do Bondinho, você precisa descer na parada do Curvelo e caminhar cerca de 06 minutos até a entrada do Museu. Não é difícil de achar e qualquer pessoa na rua ou no próprio bondinho pode te informar.
Endereço: Rua Murtinho Nobre, 93 – Santa Teresa, Rio de Janeiro
Real Gabinete Português de Leitura
O Rio de Janeiro foi capital do Brasil durante 197 anos e isso faz com que a cidade seja cheia de obras e lugares cheios de história. Um deles é o Real Gabinete Português de Leitura, criado em 1837.
É um lugar magnífico e encantador. Assim que você entra no prédio, se depara com um um brasão português em azulejo no piso. Já na biblioteca, estantes de recheadas com 350 mil livros, vão do chão até o teto,e uma cúpula belíssima termina de chamar a atenção. Há mesas e cadeiras de leituras no lugar, mas o visitante não pode retirar livros das estantes e nem levar livros próprios (por questão de segurança).
Endereço: Rua Luís de Camões, 30 – Centro, Rio de Janeiro
Andar pela Zona Portuária e admirar os grafites
A Zona Portuária do Rio de Janeiro, próximo a Praça Mauá, ficou durante muito tempo abandonada e os galpões e armazéns servindo de abrigo para moradores de rua. Em 2009 teve início um processo de revitalização que fez com que a região recuperasse seu brilho. Hoje o local é um dos pontos turísticos mais visitados e sede de grandes empresas (o YouTube Space está localizado lá).
É neste local que está localizado o mural Todos Somos Um, mais conhecido como Etnias, do grafiteiro Kobra. O mural tem 3 mil metros quadrados e foi feito para as Olimpíadas de 2016. A obra, que foi parar no Guinness Book, foi inspirada pela mensagem de união das Olimpíadas e, por isso, reúne representantes de tribos dos cinco continentes: huli (Oceania), mursi (África), kayin (Ásia), supi (Europa) e os tapajós (Américas).
Além do Etnias, há outros grafites no local. O lugar ficou bem bonito e vale a pena visitar e se encantar com mais esta parte do Rio de Janeiro. No inicio do Piér Mauá, indo do Museu do Amanhã, tem alguns food trucks estacionados, onde você pode fazer um lanche, comprar uma água.
Como chegar: Você pode descer no Metrô Uruguaiana e ir a pé até lá. Como eu fui no Museu do Amanhã primeiro, desci no Metrô Cinelândia, peguei o VLT ali perto e desci já no Início da Zona Portuária, caminhei uns cinco minutos até o Museu do Amanhã. Depois refiz o mesmo caminho a pé.
Bónus: Dois passeios pagos mas que são gratuitos as terças-feiras
Museu do Amanhã
Sim, o Museu do Amanhã é pago, contudo, às terças-feiras ele é gratuito. Por isso, programei minha terça para conhecê-lo.
Localizado na Praça Mauá, no Centro, o Museu do Amanhã, de artes e ciências, conta com mostras fixas que conta a história do nascimento do “mundo” e alerta sobre os perigos da degradação ambiental, as mudanças climáticas e o colapso social e como isso irá interferir no nosso amanhã. “Uma jornada rumo a futuros possíveis, a partir de grandes perguntas que a Humanidade sempre se fez. De onde viemos? Quem somos? Onde estamos? Para onde vamos? Como queremos ir?” (Museu do Amanhã).
O Museu oferece interações digitais que torna a visita ainda mais interessante e educativa. Além da mostra fixa, no dia em que fui lá estava tendo a exposição “Para Todo Mundo, Comida para 10 bilhões” que nos faz refletir como será possível alimentar uma população de 10 bilhões de pessoas em 2050 com qualidade nutricional, diversidade e sustentabilidade, mostrando as alternativas que podem e já estão sendo utilizadas para isso.
A entrada é gratuita somente às terças – feiras, demais dias R$20 inteira e R$10 meia.
Endereço: Museu do Amanhã, Praça Mauá, 1 – Centro, Rio de Janeiro .
Forte de Copacabana
Eu não tinha programado ir ao Forte nessa minha viagem ao Rio de Janeiro, com tudo, tirei a tarde de terça-feira para curtir a praia e fui junto com a colega que fiz no CCBB. Como passei na pensão depois que voltei da Zona Portuária, combinei de encontrar com ela já em Ipanema, mas depois ela me ligou avisando que estava no Forte, então almocei e segui para lá.
No Forte de Copacabana há um museu sobre a história de quando o lugar era uma fortificação em 1907. Vários fortes foram construídos a partir do século XVI no Rio para defender a Baia da Guanabara e diminuir a vulnerabilidade da então capital do Brasil. Contudo, a graça e o encanto do local está na vista de Copacabana, tanto que há alguns barzinhos e uma Confeitaria Colombo em um dos lados do forte para que o visitante aprecie a vista.
A entrada no Forte de Copacabana é R$6, contudo às terças-feiras a entrada é gratuita.
Endereço: Praça Coronel Eugênio Franco, 1 Posto 6 – Copacabana, Rio de Janeiro – RJ